- O que vocês estão fazendo brigando? - disse eu enquanto me aproximava dos dois.O resto da turma fazia o que eles fazem de melhor, que é colocar pressão em qualquer briga.
- Foi o seu namoradinho quem começou, eu não tenho culpa se ele é uma criança e faz questão de ficar espalhando por aí o que fez ou não com você.
O Erick disse aquilo tão revoltado. As atitudes dele vinham sendo ridículas e que porra deu na cabeça dele de falar aquilo na frente dos meninos da escola? Ele sabia que aquilo era segredo, independente de qualquer coisa que ele tivesse contra o Bruno eu não tinha nada a ver, ele estava me expondo ao ridículo na frente de todos.
- Eu não acredito que você disse isso, Erick. Achei que fôssemos amigos.
Corri até o banheiro sem nem ouvir o que ele tinha dito. Também não importa mais, eu nunca o perdoaria por mim usar pra atingir o Bruno daquela forma. Ouço alguém entrar no banheiro enquanto eu estava em uma das três cabines a chorar, era o Bruno.
- Sai daí, vamos conversar Sky.
- Não, eu não quero. As pessoas vão falar mais de você, vai.
- E daí, que falem. Ele só fez isso porque gosta de você, está com ciúmes.
- Ciúmes? - falei enquanto abria a porta da cabine - Nós só somos amigos, não tem nem porque ele sentir isso. Foi ridículo da parte dele, nunca vou perdoa-lo.
- Não ligo. Eu já iria me assumir pros meus pais. Realmente gostei de você e queria te conhecer melhor e ver no que poderia dar. Claro, se você estiver disposto também né.
- Assumir? Até ontem eu nem sonhava com a possibilidade de você ser gay e agora você me diz isso. Não sei nem o que dizer, sério.
- Só me responde uma coisa então tá? - segurou a minha mão enquanto encostava se abaixava e ficava de joelhos.
- Você não vai fazer o que eu... - ele nem deixou que eu terminasse de falar.
- Cala a boca. Eu não ligo pra o que eles vão dizer, se meus amigos heteros realmente são amigos de verdade irão me aceitar como sou de verdade. Então Sky, você aceita namorar comigo?
Doce Amargura
terça-feira, 4 de outubro de 2016
domingo, 14 de agosto de 2016
PART 5 - I THINK SOMEONE WANTS MORE THAN FRIENDSHIP
Diferente de como eu pensei fui tudo maravilhoso, ele não foi egoísta e fez questão de me dar prazer também, Manuseava o meu corpo como se tivesse segurando uma criança, com toda delicadeza do mundo,
Confesso que quando ele adentrou o seu pau em mim senti umas dores que me incomodaram, mas ao longo dos movimentos de vai e vem a dor foi ficando suportável e prazerosa.
- Gostou? - disse ele me abraçando por trás.
- Que brocha perguntar isso, cara - ri desesperadamente.
- Eu sei que não é normal perguntar, é que... deixa pra lá, desculpa - tirou seus braços do meu corpo e se sentou na cama.
- Mas - ele se virou pra mim - Eu gostei, foi legal.
- Isso quer dizer que...
- Sim, terá próxima - não deixei com que ele terminasse de falar e o beijei.
Durante o beijo senti algo vibrar na cama, era o meu celular.
- Onde você está, Sky? - falou, ou melhor, gritou o meu pai.
- Estou no Erick, já estou indo.
- Mentira sua, o Erick acabou de vim aqui atrás de você. Venha agora, te dou meia hora.
Nem deu tempo nem de que eu tentasse inventar outra mentira, o meu pai já tinha desligado.
- Eu preciso ir embora agora, o meu pai vai me matar.
- Calma, eu te levo. Pode ser?
- Tá bom, mas tem que ser agora.
- Tá, deixa eu vestir um short.
Eu vesti minha roupa em um tempo recorde, saí do quarto sem nem pensar que os pais dele poderiam estar na sala. Pegamos o elevador e fomos direto pro estacionamento, entramos no carro e fomos a caminho da minha casa.
Só naquele tempo parei pra pensar no Erick e no que ele teria ido fazer na minha casa, não tinhamos marcado nada da escola ou algo do tipo.
Chegamos no prédio eu já ia saindo do carro sem nem dar tchau ao Bruno.
- Obrigado né - ironizou.
Dei um selinho nele e sair.
Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, notei que meu pai tinha saído. Iria aproveitar o tempo pra inventar alguma coisa. Assim que entro me deparo com o Erick sentando na minha cama.
- Oi - disse ele,
- Oi, achei que já tivesse ido embora.
- Decidi esperar, seu pai saiu pra buscar a sua mãe e me deixou ficar. Onde você estava?
Eu sempre me abri com o Erick, tudo que acontecia na minha vida eu contava a ele. Mas, aquilo não me pareceu certo. Primeiro pelo Bruno não ser assumido e segundo o Erick o odiava, então fiquei meio receoso de contar, mas ele é meu amigo precisava saber do que tinha acontecido.
- Estava com o Bruno.
- Como assim com o Bruno? - ele levantou depressa e veio na minha direção.
- Sim, com o Bruno, Algum problema? - não tinha entendido a sua reação
- Não, nenhum. O que aconteceu entre vocês?
- Nós transamos - fui curto e grosso.
- Tá brincando né? Você falando isso na maior tranquilidade?
- Não estou brincando, sério.
- E cadê aquele papo de que só ia perder a porra da virgindade com alguém que gostasse?
- Dá pra você se acalmar, eu não estou te entendendo. Só é uma virgindade, já foi.
- Eu preciso ir embora, depois a gente se fala.
- Porque isso? - ele nem me respondeu, saiu do quarto e eu não fiz questão de ir atrás.
Não entendi o porque do Erick estar daquele jeito, sempre entendi a mania dele de me defender em tudo, até achava muito fofo, mas aquilo me parecia outra coisa, e se chamava ciúmes, Não tinha motivos, mas entendo, Ele deve achar que vou trocá-lo pelo Bruno. Depois ligo pra ele, preciso de um banho.
Voltei do banho e tinha algumas chamadas do Bruno. Retornei pra ele.
- Me ligou?
- Sim. O seu pai brigou com você?
- Ainda não conversamos. Mas vou dizer a verdade.
- Que transamos? - disse ele rindo.
- Não né, idiota. Vou dizer que estou conhecendo alguém, que tenho 17 anos e isso uma hora iria acontencer.
- Pois é, chega de viver com medo do seu pai.
- Tenho que desligar agora, vou ligar pro Erick tá?
- Tudo bem. Boa noite, tente não sonhar comigo hein
- Convencido. - desliguei.
Liguei algumas vezes e nada do Erick atender. Decidi dormir, assim com a chegada do meu pai ele não iria me acordar e conversaríamos no dia seguinte quando eu chegasse da escola.
O despertador tocou 20 minutos antes, como de costume, Me arrumei rápido e comi uma maça enquanto esperava o meu pai descer,
- Vamos, e não vá pensando que não vamos conversar quando voltar tá?
- Tá.
Cheguei na aula e a bolsa do Erick estava, mas ele não. Presumi que ele já estivesse ido pra aula de Educação Física, então fui pra quadra.
Os meninos estavam jogando basquete e notei que o Erick parecia estressado, empurrando os meninos com força até que empurrou o Bruno.
- Tá nervosinho é Erick? - perguntou o Bruno
- Foi mal aí.
- Já até acho o que foi - continuou - já deve estar sabendo o que rolou entre mim e o Sky.
- Cala a boca, cara, Alguém pode ouvir.
- E daí? acho que isso só ta incomodando você.
Quando cheguei na quadra vi o Erick gritando com o Bruno, previ que as coisas iam esquentar,
Confesso que quando ele adentrou o seu pau em mim senti umas dores que me incomodaram, mas ao longo dos movimentos de vai e vem a dor foi ficando suportável e prazerosa.
- Gostou? - disse ele me abraçando por trás.
- Que brocha perguntar isso, cara - ri desesperadamente.
- Eu sei que não é normal perguntar, é que... deixa pra lá, desculpa - tirou seus braços do meu corpo e se sentou na cama.
- Mas - ele se virou pra mim - Eu gostei, foi legal.
- Isso quer dizer que...
- Sim, terá próxima - não deixei com que ele terminasse de falar e o beijei.
Durante o beijo senti algo vibrar na cama, era o meu celular.
- Onde você está, Sky? - falou, ou melhor, gritou o meu pai.
- Estou no Erick, já estou indo.
- Mentira sua, o Erick acabou de vim aqui atrás de você. Venha agora, te dou meia hora.
Nem deu tempo nem de que eu tentasse inventar outra mentira, o meu pai já tinha desligado.
- Eu preciso ir embora agora, o meu pai vai me matar.
- Calma, eu te levo. Pode ser?
- Tá bom, mas tem que ser agora.
- Tá, deixa eu vestir um short.
Eu vesti minha roupa em um tempo recorde, saí do quarto sem nem pensar que os pais dele poderiam estar na sala. Pegamos o elevador e fomos direto pro estacionamento, entramos no carro e fomos a caminho da minha casa.
Só naquele tempo parei pra pensar no Erick e no que ele teria ido fazer na minha casa, não tinhamos marcado nada da escola ou algo do tipo.
Chegamos no prédio eu já ia saindo do carro sem nem dar tchau ao Bruno.
- Obrigado né - ironizou.
Dei um selinho nele e sair.
Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, notei que meu pai tinha saído. Iria aproveitar o tempo pra inventar alguma coisa. Assim que entro me deparo com o Erick sentando na minha cama.
- Oi - disse ele,
- Oi, achei que já tivesse ido embora.
- Decidi esperar, seu pai saiu pra buscar a sua mãe e me deixou ficar. Onde você estava?
Eu sempre me abri com o Erick, tudo que acontecia na minha vida eu contava a ele. Mas, aquilo não me pareceu certo. Primeiro pelo Bruno não ser assumido e segundo o Erick o odiava, então fiquei meio receoso de contar, mas ele é meu amigo precisava saber do que tinha acontecido.
- Estava com o Bruno.
- Como assim com o Bruno? - ele levantou depressa e veio na minha direção.
- Sim, com o Bruno, Algum problema? - não tinha entendido a sua reação
- Não, nenhum. O que aconteceu entre vocês?
- Nós transamos - fui curto e grosso.
- Tá brincando né? Você falando isso na maior tranquilidade?
- Não estou brincando, sério.
- E cadê aquele papo de que só ia perder a porra da virgindade com alguém que gostasse?
- Dá pra você se acalmar, eu não estou te entendendo. Só é uma virgindade, já foi.
- Eu preciso ir embora, depois a gente se fala.
- Porque isso? - ele nem me respondeu, saiu do quarto e eu não fiz questão de ir atrás.
Não entendi o porque do Erick estar daquele jeito, sempre entendi a mania dele de me defender em tudo, até achava muito fofo, mas aquilo me parecia outra coisa, e se chamava ciúmes, Não tinha motivos, mas entendo, Ele deve achar que vou trocá-lo pelo Bruno. Depois ligo pra ele, preciso de um banho.
Voltei do banho e tinha algumas chamadas do Bruno. Retornei pra ele.
- Me ligou?
- Sim. O seu pai brigou com você?
- Ainda não conversamos. Mas vou dizer a verdade.
- Que transamos? - disse ele rindo.
- Não né, idiota. Vou dizer que estou conhecendo alguém, que tenho 17 anos e isso uma hora iria acontencer.
- Pois é, chega de viver com medo do seu pai.
- Tenho que desligar agora, vou ligar pro Erick tá?
- Tudo bem. Boa noite, tente não sonhar comigo hein
- Convencido. - desliguei.
Liguei algumas vezes e nada do Erick atender. Decidi dormir, assim com a chegada do meu pai ele não iria me acordar e conversaríamos no dia seguinte quando eu chegasse da escola.
O despertador tocou 20 minutos antes, como de costume, Me arrumei rápido e comi uma maça enquanto esperava o meu pai descer,
- Vamos, e não vá pensando que não vamos conversar quando voltar tá?
- Tá.
Cheguei na aula e a bolsa do Erick estava, mas ele não. Presumi que ele já estivesse ido pra aula de Educação Física, então fui pra quadra.
Os meninos estavam jogando basquete e notei que o Erick parecia estressado, empurrando os meninos com força até que empurrou o Bruno.
- Tá nervosinho é Erick? - perguntou o Bruno
- Foi mal aí.
- Já até acho o que foi - continuou - já deve estar sabendo o que rolou entre mim e o Sky.
- Cala a boca, cara, Alguém pode ouvir.
- E daí? acho que isso só ta incomodando você.
Quando cheguei na quadra vi o Erick gritando com o Bruno, previ que as coisas iam esquentar,
domingo, 7 de agosto de 2016
PART 4 - THE RIGHT GUY, SKY?
Eu fiquei parado sem reação, nem dei tchau ao Bruno. Quando dei por mim ele já estava saindo do banheiro.
Eu nunca tinha parado pra pensar que o Bruno ficava com homens, pelo contrário, ele matinha a pose de machão, ficava com várias garotas da escola e até um tempo atrás namorava a sonsa da Raquel. Por um momento me passou pela cabeça que ele estivesse brincando comigo, era bem a cara dele fazer esse tipo de coisa. Mas, por outro lado algo em mim desejou que fosse verdade e pra saber isso só se eu tentasse, não é mesmo? Então vamos a caça.
Voltei pra sala e durante todas as aulas eu não parava de pensar no que havia acontecido no banheiro. A dúvida permanecia na minha mente, então decidi que assim que chegasse em casa iris ligar pro Bruno.
As aulas foram passando devagar, até que chegou a tão sonhada hora de ir embora. O meu pai como sempre se atrasou e tive que ficar alguns minutos a mais na frente da escola enquanto o esperava,
- Oi filho, o Erick não vai com a gente hoje?
- Não. Ele ficou de resolver umas coisas na secretaria. - não sei nem porque menti pro papai, mas as palavras saíram automaticamente da minha boca.
- Podemos esperá-lo. O que acha?
Eu nunca tinha parado pra pensar que o Bruno ficava com homens, pelo contrário, ele matinha a pose de machão, ficava com várias garotas da escola e até um tempo atrás namorava a sonsa da Raquel. Por um momento me passou pela cabeça que ele estivesse brincando comigo, era bem a cara dele fazer esse tipo de coisa. Mas, por outro lado algo em mim desejou que fosse verdade e pra saber isso só se eu tentasse, não é mesmo? Então vamos a caça.
Voltei pra sala e durante todas as aulas eu não parava de pensar no que havia acontecido no banheiro. A dúvida permanecia na minha mente, então decidi que assim que chegasse em casa iris ligar pro Bruno.
As aulas foram passando devagar, até que chegou a tão sonhada hora de ir embora. O meu pai como sempre se atrasou e tive que ficar alguns minutos a mais na frente da escola enquanto o esperava,
- Oi filho, o Erick não vai com a gente hoje?
- Não. Ele ficou de resolver umas coisas na secretaria. - não sei nem porque menti pro papai, mas as palavras saíram automaticamente da minha boca.
- Podemos esperá-lo. O que acha?
- Não, realmente não precisa. Vamos. - então partimos.
Quando cheguei em casa corri pro meu quarto, o tranquei e fui ligar pra o Bruno. Chamou umas três vezes até que.
- Sabia que você iria ligar, só não imaginei que fosse tão rápido assim - disse ele convencidamente.
As minhas mãos começaram a tremer enquanto eu segurava o telefona, fiquei nervoso e sem saber o que dizer.
- Ainda tá aí? Sky?
- Oi. Estou. Como sabia que era eu?
- Não ando dando meu número pra muitas pessoas - disse rindo.
- Ah, entendo.
- Só vai dizer isso? Achei que fosse falar dos meus braços, algo do tipo,
- É que,,. - antes mesmo que eu terminasse a frase ele me interrompe.
- Você quer?
- Eu não sei. Você não está mesmo brincando comigo?
Ele começou a rir desesperadamente - Você é sempre desconfiado assim? Já sei, é virgem né?
- Não, não é isso - e mais uma vez eu estava mentindo. Eu não fazia a menor noção de como era transar com um cara, isso o Erick não me ensinou. Quando eu ficava com os caras e o clima esquentava eu sempre fugia, tinha medo de que meu pai descobrisse ou algo do tipo,
- Então não vai ter nenhum problema você vim pra minha casa hoje a tarde, né?
- Continua morando no mesmo lugar?
- Sim, ás 15h00 pode ser?
- Marcado.
Quando cheguei em casa corri pro meu quarto, o tranquei e fui ligar pra o Bruno. Chamou umas três vezes até que.
- Sabia que você iria ligar, só não imaginei que fosse tão rápido assim - disse ele convencidamente.
As minhas mãos começaram a tremer enquanto eu segurava o telefona, fiquei nervoso e sem saber o que dizer.
- Ainda tá aí? Sky?
- Oi. Estou. Como sabia que era eu?
- Não ando dando meu número pra muitas pessoas - disse rindo.
- Ah, entendo.
- Só vai dizer isso? Achei que fosse falar dos meus braços, algo do tipo,
- É que,,. - antes mesmo que eu terminasse a frase ele me interrompe.
- Você quer?
- Eu não sei. Você não está mesmo brincando comigo?
Ele começou a rir desesperadamente - Você é sempre desconfiado assim? Já sei, é virgem né?
- Não, não é isso - e mais uma vez eu estava mentindo. Eu não fazia a menor noção de como era transar com um cara, isso o Erick não me ensinou. Quando eu ficava com os caras e o clima esquentava eu sempre fugia, tinha medo de que meu pai descobrisse ou algo do tipo,
- Então não vai ter nenhum problema você vim pra minha casa hoje a tarde, né?
- Continua morando no mesmo lugar?
- Sim, ás 15h00 pode ser?
- Marcado.
Assim que desliguei foi que percebi que eu tinha acabado de marcar a minha primeira transa, Várias coisas começaram a passar na minha cabeça, como o fato de que se eu falasse a verdade ele iria achar estrango um gay ainda ser virgem aos 17. Se ele iria ser carinhoso ou pegar pesado comigo. Pensei tanto que quando percebi já faltavam 20 minutos pra horário em que marcamos. Ele morava um pouco longe, então fui correndo tomar um banho e fazer uma breve depilação, afinal não queria me atrasar.
O Bruno morava em frente a praia, o prédio dele era um dos mais altos da cidade. Entrei no elevador e fui pra o último andar, onde ficava o terraço, precisava pensar se realmente era aquilo que eu queria.
Eu sempre me imaginei transando com um cara que eu gostasse, diferente dos outros gays que eu já conheci. Ficava com todo um filme criado na minha cabeça imaginando que seria tudo perfeito. Mas e senão fosse? e se tudo desse errado? se ele só estivesse brincando comigo. Na minha vida tudo se resume a esse e "se", eu tô cansado disso, da frescura de esperar o cara certo.
- Achei que não iria vir mais - disse ele abrindo espaço pra que eu entrasse.
- É que me atrasei um pouco, você também mora um pouco longe né.
- Pois é. Quer tomar alguma coisa, água ou wisky?
- Não, eu não bebo. - percebi que aquilo soava muito engraçado naquele momento.
- Claro que não - ironizou. - Então, vamos pro quarto?
- Já? assim? - falei constrangido
- Não, não é pra isso já. Só que é melhor conversarmos lá, meus pais chegam daqui a pouco.
- Mas eles não vão perguntar quem tá com você? - ele pareceu notar o meu medo.
- Relaxa. Vem? - estendeu a sua mão.
Aquela era a hora, se eu segurasse a mão dele eu estaria dando a certeza de que iria fazer aquilo, Decidi não pensar muito, poderia desistir, então segurei em sua mão e seguimos até seu quarto.
O quarto dele era equivalente a duas salas da minha casa. A cama grande, macia, não teria lugar melhor pra fazer aquilo.
Sentamos e começamos a conversar sobre o que íamos cursar na faculdade, lugares em que desejávamos visitar. Contou como foi sua ida a New York quando eu disse que meu sonho seria morar lá e fazer faculdade de moda, Conversamos tanto que notei que o Sol já estava a desaparecer,
Enquanto eu olhava pela janela senti os seus braços em volta do meu corpo, suas mãos desciam pela minhas pernas em movimentos de vai e vem, até que ele me vira e choca o meu corpo ao dele, fazendo assim com que nos beijássemos.
Os beijos dele eram tão intensos, o seu toque me deixava sem ar, Ele agarrava o meu cabelo, levando a minha cabeça ao encontro do pau dele, fazendo movimentos de vai e vem. Ele tirou as minhas roupas e me deixou só de cueca.
- Você tem certeza? - disse alisando o meu rosto.
- Sim.
Nos beijamos intensamente até que sinto ele por inteiro dentro de mim. Aconteceu.
O Bruno morava em frente a praia, o prédio dele era um dos mais altos da cidade. Entrei no elevador e fui pra o último andar, onde ficava o terraço, precisava pensar se realmente era aquilo que eu queria.
Eu sempre me imaginei transando com um cara que eu gostasse, diferente dos outros gays que eu já conheci. Ficava com todo um filme criado na minha cabeça imaginando que seria tudo perfeito. Mas e senão fosse? e se tudo desse errado? se ele só estivesse brincando comigo. Na minha vida tudo se resume a esse e "se", eu tô cansado disso, da frescura de esperar o cara certo.
- Achei que não iria vir mais - disse ele abrindo espaço pra que eu entrasse.
- É que me atrasei um pouco, você também mora um pouco longe né.
- Pois é. Quer tomar alguma coisa, água ou wisky?
- Não, eu não bebo. - percebi que aquilo soava muito engraçado naquele momento.
- Claro que não - ironizou. - Então, vamos pro quarto?
- Já? assim? - falei constrangido
- Não, não é pra isso já. Só que é melhor conversarmos lá, meus pais chegam daqui a pouco.
- Mas eles não vão perguntar quem tá com você? - ele pareceu notar o meu medo.
- Relaxa. Vem? - estendeu a sua mão.
Aquela era a hora, se eu segurasse a mão dele eu estaria dando a certeza de que iria fazer aquilo, Decidi não pensar muito, poderia desistir, então segurei em sua mão e seguimos até seu quarto.
O quarto dele era equivalente a duas salas da minha casa. A cama grande, macia, não teria lugar melhor pra fazer aquilo.
Sentamos e começamos a conversar sobre o que íamos cursar na faculdade, lugares em que desejávamos visitar. Contou como foi sua ida a New York quando eu disse que meu sonho seria morar lá e fazer faculdade de moda, Conversamos tanto que notei que o Sol já estava a desaparecer,
Enquanto eu olhava pela janela senti os seus braços em volta do meu corpo, suas mãos desciam pela minhas pernas em movimentos de vai e vem, até que ele me vira e choca o meu corpo ao dele, fazendo assim com que nos beijássemos.
Os beijos dele eram tão intensos, o seu toque me deixava sem ar, Ele agarrava o meu cabelo, levando a minha cabeça ao encontro do pau dele, fazendo movimentos de vai e vem. Ele tirou as minhas roupas e me deixou só de cueca.
- Você tem certeza? - disse alisando o meu rosto.
- Sim.
Nos beijamos intensamente até que sinto ele por inteiro dentro de mim. Aconteceu.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
PART 3 - BIG BRUNO
Por um momento eu me senti aquela criança de 10 anos, que tinha acabado de dá o seu primeiro beijo. A água do mar de repente não estava mais tão agitada, ao menos não mais que as batidas do meu coração. Tudo parou, e pareceu só existir nós dois ali. Aquilo estava muito bom, ele beijava tão bem. Eu não queria que parasse nunca mais, mas de repente ele parou e se afastou de mim. Eu me assustei, ficamos calados por um tempo, mas eu decidi quebrar o silêncio.
- Se arrependeu? - perguntei preocupado, ele parecia estar bem arrependido.
- Não é isso, é que isso vai mudar tudo. Você sabe. - disse ele enquanto tacava pedras na água.
- Não, isso não muda nada. Lembro como foi da última vez, e não quero vê-lo distante de mim de novo, então vamos esquecer. - me levantei e o puxei com o mão. - Vem, temos que ir.
Percebi que ele não estava nem conseguindo olhar nos meus olhos enquanto dirigia a caminho da minha casa. O que é bem estranho, já que o Erick adora conversar enquanto dirige. Mas não quis forçar a barra e fomos todo o caminho sem dar uma palavra um com outro.
Assim que chegamos a frente do meu prédio eu só dei tchau e saí, nem o abracei como de costume. Eu estava tão cansado, mas enquanto o elevador não chegava até o meu andar eu só pensava na bronca que o meu pai iria me dar.
Eu nem precisei bater na porta e a mamãe já estava saindo pra trabalhar, dei um beijo em seu rosto enquanto ela me olhava com aquela cara de "depois a gente conversa, mocinho"
A minha mãe, a dona Lúcia, é a melhor mãe do mundo, sério. Ela, diferente do meu pai, é tão calma e me entende só com um olhar. Quando me assumi gay ela disse que sabia o tempo todo, e que me aceitaria de qualquer jeito. O meu pai no começo bateu o pé, mas aceitou. Sei que independentemente das nossas brigas ele me ama muito e só quer o meu bem, assim como eu quero o dele.
Entrei no meu quarto e logo em seguida o papai entrou no quarto, e nem ao menos brigou comigo. Como assim?
- Bom dia, filho. Fiquei preocupado ontem, mas ainda bem que o Erick ligou pra dizer que você iria dormir lá, carregue o celular dá próxima vez. - disse enquanto ia saindo do quarto.
Ufa, ainda bem que o Erick sempre tem um jeito pra tudo. Notei que ainda faltavam 30 minutos pra chegar a hora de ir pro colégio então fui tomar uma ducha e aproveitar pra comer algo.
Enquanto eu fazia o meu café da manhã o beijo do Erick me veio na mente. Mas eu não podia ficar pensando naquilo, o Erick é só meu amigo e fim. Decidi ligar pra ele pra saber se iria querer carona, mas nada dele atender. Tentei mais duas vezes até que ouvi o papai gritar.
- Vamos, Sky. Vai se atrasar. - gritou ele como se o mundo fosse acabar a qualquer momento.
Cheguei no colégio e fui direto pra sala, notei que a cadeira do Erick estava vazia ainda. Ele deve nem ter conseguido acordar, o coitado deveria estar bem cansado. Fui a caminho da minha cadeira e senti uma mão me tocar por trás na esperança de que fosse o Erick, mas era só a professora me pedindo pra se sentar.
- Tá, mas posso ir ao banheiro antes? Prometo que é rapidinho.
Ela me olhou com uma cara de reprovação, mas deixou mesmo assim, só disse pra não demorar. Nem precisava ir ao banheiro, só fui tentar ligar mais vezes pro Erick. Quando cheguei pude ouvir a voz do Bruno conversando com alguém ao telefone. Eu estava morrendo de vergonha da noite passada e tudo que eu não precisava era me encontrar com ele, então saí do banheiro, mas antes mesmo que eu chegasse até a porta ouço a voz dele me chamar.
- E aí, Sky - disse enquanto lavava a mão
- Oi, Bruno. Sobre ontem, me desculpe por qualquer coisa, sério - falei sem nem olhar em seu rosto, ele pareceu notar meu nervosismo.
- Bruno? Achei que meu nome fosse Brubru - disse rindo e continuou - mas relaxa, só disse que eu tinha braços grandes e bonitos.
- Eu te chamei de Brubru? E realmente você tem belos braços - falei envergonhado.
- Obrigado. Pode tocar se quiser - encostou sem braços em mim
Assim que ele disse que poderia tocar me deu vontade de enfiar a minha cabeça em um buraco. Achei que meu lado tímido fosse falar mais alto, mas automaticamente as minhas mãos já estavam rolando por todo o seu braço.
- Grandes - murmurei, quase não se dava pra ouvir.
- O que disse? - perguntou desnorteado.
- Nada, pensei alto - fiquei nervoso, até gaguejei.
Percebi que enquanto eu checava o meu celular ele estava tirando uma caneta do seu bolso.
- Vem, me dá a mão - disse enquanto puxava a minha mão direita ao alcance da dele.
- Tá ai o meu número. Eu ouvi o que disse e não é só o braço que é grande.
- Se arrependeu? - perguntei preocupado, ele parecia estar bem arrependido.
- Não é isso, é que isso vai mudar tudo. Você sabe. - disse ele enquanto tacava pedras na água.
- Não, isso não muda nada. Lembro como foi da última vez, e não quero vê-lo distante de mim de novo, então vamos esquecer. - me levantei e o puxei com o mão. - Vem, temos que ir.
Percebi que ele não estava nem conseguindo olhar nos meus olhos enquanto dirigia a caminho da minha casa. O que é bem estranho, já que o Erick adora conversar enquanto dirige. Mas não quis forçar a barra e fomos todo o caminho sem dar uma palavra um com outro.
Assim que chegamos a frente do meu prédio eu só dei tchau e saí, nem o abracei como de costume. Eu estava tão cansado, mas enquanto o elevador não chegava até o meu andar eu só pensava na bronca que o meu pai iria me dar.
Eu nem precisei bater na porta e a mamãe já estava saindo pra trabalhar, dei um beijo em seu rosto enquanto ela me olhava com aquela cara de "depois a gente conversa, mocinho"
A minha mãe, a dona Lúcia, é a melhor mãe do mundo, sério. Ela, diferente do meu pai, é tão calma e me entende só com um olhar. Quando me assumi gay ela disse que sabia o tempo todo, e que me aceitaria de qualquer jeito. O meu pai no começo bateu o pé, mas aceitou. Sei que independentemente das nossas brigas ele me ama muito e só quer o meu bem, assim como eu quero o dele.
Entrei no meu quarto e logo em seguida o papai entrou no quarto, e nem ao menos brigou comigo. Como assim?
- Bom dia, filho. Fiquei preocupado ontem, mas ainda bem que o Erick ligou pra dizer que você iria dormir lá, carregue o celular dá próxima vez. - disse enquanto ia saindo do quarto.
Ufa, ainda bem que o Erick sempre tem um jeito pra tudo. Notei que ainda faltavam 30 minutos pra chegar a hora de ir pro colégio então fui tomar uma ducha e aproveitar pra comer algo.
Enquanto eu fazia o meu café da manhã o beijo do Erick me veio na mente. Mas eu não podia ficar pensando naquilo, o Erick é só meu amigo e fim. Decidi ligar pra ele pra saber se iria querer carona, mas nada dele atender. Tentei mais duas vezes até que ouvi o papai gritar.
- Vamos, Sky. Vai se atrasar. - gritou ele como se o mundo fosse acabar a qualquer momento.
Cheguei no colégio e fui direto pra sala, notei que a cadeira do Erick estava vazia ainda. Ele deve nem ter conseguido acordar, o coitado deveria estar bem cansado. Fui a caminho da minha cadeira e senti uma mão me tocar por trás na esperança de que fosse o Erick, mas era só a professora me pedindo pra se sentar.
- Tá, mas posso ir ao banheiro antes? Prometo que é rapidinho.
Ela me olhou com uma cara de reprovação, mas deixou mesmo assim, só disse pra não demorar. Nem precisava ir ao banheiro, só fui tentar ligar mais vezes pro Erick. Quando cheguei pude ouvir a voz do Bruno conversando com alguém ao telefone. Eu estava morrendo de vergonha da noite passada e tudo que eu não precisava era me encontrar com ele, então saí do banheiro, mas antes mesmo que eu chegasse até a porta ouço a voz dele me chamar.
- E aí, Sky - disse enquanto lavava a mão
- Oi, Bruno. Sobre ontem, me desculpe por qualquer coisa, sério - falei sem nem olhar em seu rosto, ele pareceu notar meu nervosismo.
- Bruno? Achei que meu nome fosse Brubru - disse rindo e continuou - mas relaxa, só disse que eu tinha braços grandes e bonitos.
- Eu te chamei de Brubru? E realmente você tem belos braços - falei envergonhado.
- Obrigado. Pode tocar se quiser - encostou sem braços em mim
Assim que ele disse que poderia tocar me deu vontade de enfiar a minha cabeça em um buraco. Achei que meu lado tímido fosse falar mais alto, mas automaticamente as minhas mãos já estavam rolando por todo o seu braço.
- Grandes - murmurei, quase não se dava pra ouvir.
- O que disse? - perguntou desnorteado.
- Nada, pensei alto - fiquei nervoso, até gaguejei.
Percebi que enquanto eu checava o meu celular ele estava tirando uma caneta do seu bolso.
- Vem, me dá a mão - disse enquanto puxava a minha mão direita ao alcance da dele.
- Tá ai o meu número. Eu ouvi o que disse e não é só o braço que é grande.
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
PART 2 - MEMORIES OF THE PAST
Assim que acordei percebi que já eram 17h00. Me levantei pra fechar a janela e notei que já quase não se via mais o sol. Peguei meu celular na cômoda e notei que tinha um SMS do Erick.
Social hoje na casa da Raquel. Topa? - E
Em sã consciência a minha resposta seria não, mas senti que ela estava querendo roubar o meu amigo de mim, e isso eu não iria permitir. Então mandei uma mensagem respondendo que sim e perguntando o horário.
Fiquei pronto antes mesmo das 19h00 e na hora que o Erick chegou eu já estava lá embaixo o esperando.
A casa da Raquel parecia um palácio, e diferente do que eu pensei não tinha rosa por toda parte. Isso é um sinal de que a mãe dela é ajuizada e que pelo que meus olhos estavam vendo ela tinha um ótimo gosto também.
As pessoas começaram a chegar. Uns levavam pizza, outros bebidas, notei até maconha. O que fez com que eu me sentisse meio de fora, já que não bebo e nem fumo. Confesso que por um momento me bateu uma vontade enorme de experimentar maconha, mas pensei no que o meu pai falaria pra mim, então decidi ir procurar o Erick, que disse que tinha ido buscar um refrigerante pra mim e nada de aparacer.
Procurei por toda parte, nos quartos, no banheiro e até mesmo no porão, mas nada dele. Foi aí que percebi que a Raquel também tinha sumido, então juntando as peças a songamonga só poderia estar com o Erick. Tentei não ficar pensando muito onde ele poderia estar e tomei coragem de ir tomar um dose do que o Bruno estava oferecendo a todos.
- E aí, Sky. Vai querer?
- Claro - falei enquanto me preparava psicologicamente pra engolir aquilo.
- Vai, vira de vez - ele disse enquanto me dava um pequeno copo cheio daquilo que eu nem sabia o que era, sei que o cheiro era muito forte.
Bebi como se estivesse tomando remédio e aquilo desceu rasgando, meu estômago revirou e eu nem parecia eu de tão animado que fiquei, Quando percebi o Bruno estava me puxando pra um canto mandando eu pegar leve. Mas como assim, eu nem havia feito nada.
- Não fez nada? Cara, você queria entrar no freezer pra tirar foto e postar, e você nem gosta de tirar fotos e sem falar que depois da primeira dose você bebeu mais quatro.
- Mas eu estou de boa, não precisa ficar me segurando com esse seus braços musculosos. Inclusive, que braços hein? Você malha? - disse eu enquanto apertava o braço dele.
Ele começou a me olhar rindo e só naquele momento percebi que ele tinha um sorriso maravilhoso. Como é que eu nunca tinha reparado?
- Não flerta comigo, você nem gosta de mim. Lembra o que eu te fiz na quarta série? - disse ele enquanto me colocava pra sentar.
- Isso tem tanto tempo, Brubru - falei e deitei ao mesmo tempo, eu não estava me aguentando em pé.
- Brubru? - perguntou rindo.
- Sim, somos amigos agora, tipo muito amigos, tipo best friend sabe? - ele nem conseguia responder de tanto que estava rindo, mas antes mesmo que ele falasse qualquer coisa o Erick chegou.
- Onde você estava, Sky? Te procurei por toda parte, cara - disse ele se sentando ao meu lado.
- Procurou? Acho que não hein - assim que falei comecei a rir sozinho, não parava, minha barriga até doia
- Ele tá bêbado, Bruno?
- Sim, digamos que ele tenha passado um pouco do ponto.
- Não chama ele assim, o nome dele é Brubru.
- Preciso te levar pra casa, o teu pai vai me matar - ele disse enquanto tentava me deixar sentado - Me ajuda a colocar ele no carro, Bruno?
- Claro, cara
Enquanto o Erick dirigia o mundo parecia girar. Notei que ele tinha parado no estacionamento do mercado que ficava do lado do meu prédio e perguntei se não iria me levar pra casa.
- Você não vai entrar desse jeito, não quero que teu pai fique brigando com você. Dorme aí um pouco que daqui a uma hora eu te acordo.
Não só dormi uma hora e quando acordei o sol já estava nascendo. Só pensei no castigo que meu pai iria me dar, mas isso eu resolvo depois. Olhei pro banco da frente e vi que o Erick não estava, e nem eu estava mais no estacionamento do mercado, mas sim no Pier da cidade. Saí do carro e o procurei, ele estava sentando onde costumávamos sentar pra conversar no Reveillon.
- Porque não me acordou? perguntei me sentando ao lado dele.
- Não quis te acordar, você precisava descansar.
- Eu nem lembro de nada, desculpa se dei trabalho.
- Não, todo mundo adorou conhecer esse seu lado. O Brubru principalmente - ele disse rindo.
- Brubru? Bruno? Meu Deus. Eu não o suporto, ele colou chiclete no meu cabelo na quarta série. Lembra?
- Eu lembro, até bati nele pra te defender.
- Foi mesmo, até levou advertência só pra me proteger. Aquele ano foi louco, tanta coisa aconteceu.
- Momento nostalgia agora é?
- Claro, naquele ano foi quando tudo mudou na nossa vida.
- Tem uma coisa naquele ano que nós nunca falamos sobre
- O quê? - perguntei já sabendo a resposta.
- Você tinha 10 anos, e estava curioso pra saber como beijava.
- Não precisamos conversar sobre isso. Você mesmo disse pra esquecer, até ficou sem falar comigo por meses, Erick.
- Deixa eu continuar.
- Tá - abaixei a cabeça e comecei a ouvi-lo
- Você estava curioso e não parava de me perguntar como era beijar e eu já sabia porque tinha beijado a priminha do interior. Na inocência só pensei em ajudar um amigo a saber como beijava e então te beijei
- Para.
- Já pedi pra ficar quieto - ele disse e continuou a falar - Quando você me perguntou se eu tinha gostado quando tinhamos 13 anos eu menti.
- Como assim? falei, agora olhando em seus olhos.
- Eu menti, disse que não tinha gostado, mas eu gostei.
- E porque mentiu? - perguntei com medo da resposta.
- Por medo daquilo se repetir, então eu fugi.
- Entendo.
- Posso tirar uma duvida? - ele disse botando suas mãos frias em meu rosto.
Eu apenas concordei com a cabeça e quando percebi os seus lábios estavam colados nos meus.
Social hoje na casa da Raquel. Topa? - E
Em sã consciência a minha resposta seria não, mas senti que ela estava querendo roubar o meu amigo de mim, e isso eu não iria permitir. Então mandei uma mensagem respondendo que sim e perguntando o horário.
Fiquei pronto antes mesmo das 19h00 e na hora que o Erick chegou eu já estava lá embaixo o esperando.
A casa da Raquel parecia um palácio, e diferente do que eu pensei não tinha rosa por toda parte. Isso é um sinal de que a mãe dela é ajuizada e que pelo que meus olhos estavam vendo ela tinha um ótimo gosto também.
As pessoas começaram a chegar. Uns levavam pizza, outros bebidas, notei até maconha. O que fez com que eu me sentisse meio de fora, já que não bebo e nem fumo. Confesso que por um momento me bateu uma vontade enorme de experimentar maconha, mas pensei no que o meu pai falaria pra mim, então decidi ir procurar o Erick, que disse que tinha ido buscar um refrigerante pra mim e nada de aparacer.
Procurei por toda parte, nos quartos, no banheiro e até mesmo no porão, mas nada dele. Foi aí que percebi que a Raquel também tinha sumido, então juntando as peças a songamonga só poderia estar com o Erick. Tentei não ficar pensando muito onde ele poderia estar e tomei coragem de ir tomar um dose do que o Bruno estava oferecendo a todos.
- E aí, Sky. Vai querer?
- Claro - falei enquanto me preparava psicologicamente pra engolir aquilo.
- Vai, vira de vez - ele disse enquanto me dava um pequeno copo cheio daquilo que eu nem sabia o que era, sei que o cheiro era muito forte.
Bebi como se estivesse tomando remédio e aquilo desceu rasgando, meu estômago revirou e eu nem parecia eu de tão animado que fiquei, Quando percebi o Bruno estava me puxando pra um canto mandando eu pegar leve. Mas como assim, eu nem havia feito nada.
- Não fez nada? Cara, você queria entrar no freezer pra tirar foto e postar, e você nem gosta de tirar fotos e sem falar que depois da primeira dose você bebeu mais quatro.
- Mas eu estou de boa, não precisa ficar me segurando com esse seus braços musculosos. Inclusive, que braços hein? Você malha? - disse eu enquanto apertava o braço dele.
Ele começou a me olhar rindo e só naquele momento percebi que ele tinha um sorriso maravilhoso. Como é que eu nunca tinha reparado?
- Não flerta comigo, você nem gosta de mim. Lembra o que eu te fiz na quarta série? - disse ele enquanto me colocava pra sentar.
- Isso tem tanto tempo, Brubru - falei e deitei ao mesmo tempo, eu não estava me aguentando em pé.
- Brubru? - perguntou rindo.
- Sim, somos amigos agora, tipo muito amigos, tipo best friend sabe? - ele nem conseguia responder de tanto que estava rindo, mas antes mesmo que ele falasse qualquer coisa o Erick chegou.
- Onde você estava, Sky? Te procurei por toda parte, cara - disse ele se sentando ao meu lado.
- Procurou? Acho que não hein - assim que falei comecei a rir sozinho, não parava, minha barriga até doia
- Ele tá bêbado, Bruno?
- Sim, digamos que ele tenha passado um pouco do ponto.
- Não chama ele assim, o nome dele é Brubru.
- Preciso te levar pra casa, o teu pai vai me matar - ele disse enquanto tentava me deixar sentado - Me ajuda a colocar ele no carro, Bruno?
- Claro, cara
Enquanto o Erick dirigia o mundo parecia girar. Notei que ele tinha parado no estacionamento do mercado que ficava do lado do meu prédio e perguntei se não iria me levar pra casa.
- Você não vai entrar desse jeito, não quero que teu pai fique brigando com você. Dorme aí um pouco que daqui a uma hora eu te acordo.
Não só dormi uma hora e quando acordei o sol já estava nascendo. Só pensei no castigo que meu pai iria me dar, mas isso eu resolvo depois. Olhei pro banco da frente e vi que o Erick não estava, e nem eu estava mais no estacionamento do mercado, mas sim no Pier da cidade. Saí do carro e o procurei, ele estava sentando onde costumávamos sentar pra conversar no Reveillon.
- Porque não me acordou? perguntei me sentando ao lado dele.
- Não quis te acordar, você precisava descansar.
- Eu nem lembro de nada, desculpa se dei trabalho.
- Não, todo mundo adorou conhecer esse seu lado. O Brubru principalmente - ele disse rindo.
- Brubru? Bruno? Meu Deus. Eu não o suporto, ele colou chiclete no meu cabelo na quarta série. Lembra?
- Eu lembro, até bati nele pra te defender.
- Foi mesmo, até levou advertência só pra me proteger. Aquele ano foi louco, tanta coisa aconteceu.
- Momento nostalgia agora é?
- Claro, naquele ano foi quando tudo mudou na nossa vida.
- Tem uma coisa naquele ano que nós nunca falamos sobre
- O quê? - perguntei já sabendo a resposta.
- Você tinha 10 anos, e estava curioso pra saber como beijava.
- Não precisamos conversar sobre isso. Você mesmo disse pra esquecer, até ficou sem falar comigo por meses, Erick.
- Deixa eu continuar.
- Tá - abaixei a cabeça e comecei a ouvi-lo
- Você estava curioso e não parava de me perguntar como era beijar e eu já sabia porque tinha beijado a priminha do interior. Na inocência só pensei em ajudar um amigo a saber como beijava e então te beijei
- Para.
- Já pedi pra ficar quieto - ele disse e continuou a falar - Quando você me perguntou se eu tinha gostado quando tinhamos 13 anos eu menti.
- Como assim? falei, agora olhando em seus olhos.
- Eu menti, disse que não tinha gostado, mas eu gostei.
- E porque mentiu? - perguntei com medo da resposta.
- Por medo daquilo se repetir, então eu fugi.
- Entendo.
- Posso tirar uma duvida? - ele disse botando suas mãos frias em meu rosto.
Eu apenas concordei com a cabeça e quando percebi os seus lábios estavam colados nos meus.
PART 1 - GAME ON, SKY
Naquela última semana de aula só se ouvia as pessoas falarem do baile de formatura, enquanto eu só pensava em saber se eu realmente tinha passado nas provas finais. Eu desejava ansiosamente me livrar daquela escola, daquelas pessoas.
Por todo o corredor ouvia-se as pessoas conversando sobre o que vestir, quem convidar, até mesmo que cor de esmalte pintar a unha. Fico me perguntando o porque das pessoas dá tanta importância a esse baile idiota. Com toda certeza eu não vou sentir falta disso aqui, por mim eu só levaria o Erick na mala.
Erick e eu nos conhecemos desde que me entendo por gente. Os nosso pais trabalham na mesma empresa e desde que nos conhecemos nunca mais nos desgrudamos. Mas ele, diferente de mim, é bem conhecido na escola. Joga no time de basquete e toda as garotas fariam de tudo pra sair com ele, loiro e de olhos azuis quem não iria gostar.
Falando nele...
- Oi, Sky - disse ele enquanto amarrava o seu moletom em sua cintura
- Oi. Eu já estou indo pra casa, a minha última aula foi vaga. Você vai querer carona?
- Não, valeu. A Raquel ficou de me levar hoje. Tenho que ir, depois nos falamos - disse ele enquanto ia ao encontro da Raquel.
A Raquel é aquele tipo de pessoa que acha que tudo tem de ser do jeito dela. Ela está organizando o baile da escola, então presumo eu que as pessoas podem até ficar cegas com tantas luzes rosas e unicórnios por metro quadrado. Ela me dá nojo.
Assim que cheguei em casa meu pai insistia pela milésima vez pra que eu fizesse direito. Mas não é o que eu quero, ele parece nunca entender isso.
- Mas porque não, Sky? É um curso maravilhoso, além de ganhar muito bem.
- Porque eu não quero, pai. Não é o que eu tenho vontade de fazer, nunca tive - falei impaciente enquanto o via me olhar com aquela cara de desgosto.
- Não acredito que eu trabalho feito um condenado pra apagar um dos melhores colégios dessa cidade pra você não cursar o que eu quero. Você me deve.
- Não, pai. Para. Eu não te devo nada. Até um mês atrás você mesmo disse pra eu fizesse o que eu tinha vontade, e agora vem como esse papo de que eu te devo alguma coisa?
- Isso foi antes de você se assumir gay. Fazer faculdade de moda, Sério? Quem vai te levar á sério?
Olhei pra ele e não disse nada, estava com muita raiva pra brigar naquele momento. Saí da cozinha e subi pro meu quarto. Eu não entendo essa mania terrível que ele tem de sempre pôr em pauta o fato de eu ser gay em todas as nossas brigas.
Eu estava muito triste, precisava conversar com o Erick então fui verificar se ele estava online. Estava.
Sky: Pode conversar? Erick?
Erick: Oi, Sky. Aqui é a Raquel, o Erick acabou de sair pra comprar lanche pra gente. Eu o aviso que quer conversar com ele tá?
Sky: Tudo bem - respondi, fechei o nootbook e resolvi dormir um pouco pra esquecer tudo aquilo.
Por todo o corredor ouvia-se as pessoas conversando sobre o que vestir, quem convidar, até mesmo que cor de esmalte pintar a unha. Fico me perguntando o porque das pessoas dá tanta importância a esse baile idiota. Com toda certeza eu não vou sentir falta disso aqui, por mim eu só levaria o Erick na mala.
Erick e eu nos conhecemos desde que me entendo por gente. Os nosso pais trabalham na mesma empresa e desde que nos conhecemos nunca mais nos desgrudamos. Mas ele, diferente de mim, é bem conhecido na escola. Joga no time de basquete e toda as garotas fariam de tudo pra sair com ele, loiro e de olhos azuis quem não iria gostar.
Falando nele...
- Oi, Sky - disse ele enquanto amarrava o seu moletom em sua cintura
- Oi. Eu já estou indo pra casa, a minha última aula foi vaga. Você vai querer carona?
- Não, valeu. A Raquel ficou de me levar hoje. Tenho que ir, depois nos falamos - disse ele enquanto ia ao encontro da Raquel.
A Raquel é aquele tipo de pessoa que acha que tudo tem de ser do jeito dela. Ela está organizando o baile da escola, então presumo eu que as pessoas podem até ficar cegas com tantas luzes rosas e unicórnios por metro quadrado. Ela me dá nojo.
Assim que cheguei em casa meu pai insistia pela milésima vez pra que eu fizesse direito. Mas não é o que eu quero, ele parece nunca entender isso.
- Mas porque não, Sky? É um curso maravilhoso, além de ganhar muito bem.
- Porque eu não quero, pai. Não é o que eu tenho vontade de fazer, nunca tive - falei impaciente enquanto o via me olhar com aquela cara de desgosto.
- Não acredito que eu trabalho feito um condenado pra apagar um dos melhores colégios dessa cidade pra você não cursar o que eu quero. Você me deve.
- Não, pai. Para. Eu não te devo nada. Até um mês atrás você mesmo disse pra eu fizesse o que eu tinha vontade, e agora vem como esse papo de que eu te devo alguma coisa?
- Isso foi antes de você se assumir gay. Fazer faculdade de moda, Sério? Quem vai te levar á sério?
Olhei pra ele e não disse nada, estava com muita raiva pra brigar naquele momento. Saí da cozinha e subi pro meu quarto. Eu não entendo essa mania terrível que ele tem de sempre pôr em pauta o fato de eu ser gay em todas as nossas brigas.
Eu estava muito triste, precisava conversar com o Erick então fui verificar se ele estava online. Estava.
Sky: Pode conversar? Erick?
Erick: Oi, Sky. Aqui é a Raquel, o Erick acabou de sair pra comprar lanche pra gente. Eu o aviso que quer conversar com ele tá?
Sky: Tudo bem - respondi, fechei o nootbook e resolvi dormir um pouco pra esquecer tudo aquilo.
sábado, 26 de março de 2016
E era tudo uma brincadeira até eu começar a gostar de você. Tudo foi tão rápido. Os meus lábios já não mais queriam apenas beijar a sua face, mas sim adentrar no céu da sua boca. Com o tempo o seu abraço foi tornando-se o meu refúgio. Com toda certeza dentro dos seus braços é o melhor lugar onde alguém queira estar. Aquele simples “se cuida” no final do dia já era interpretado como um “eu te amo”. Os meus pensamentos e sonhos já eram seus, eu já lhe pertencia. Dia e noite dedicados a pensar apenas em você. Foi só você sorrir pra que eu pudesse me apaixonar assim. Porque seu sorriso me ilumina, acalma a minha alma.
- Dru
- Dru
quarta-feira, 16 de março de 2016
Eu só queria dizer que dessa vez eu realmente estou indo embora, sério, não ri com essa mania de achar que me tem nas mãos. Eu não sou tua, eu sou minha e não me permito amar, não amar você. Você que tem dúvidas sobre o que sente, você que não sabe o que é fazer amor, que joga no tão conhecido time "só trepar". Então é isso, deixo essa carta na mesa em que costumávamos fazer amor, pelo menos da minha parte existia amor né. Sei que você irá pensar que irei voltar pros seus braços como das outras milésimas vezes em que eu disse que iria embora. Mas dessa vez não, não tá dando pra mim. Falta alguma coisa, essa sua seleção e verificação de agenda pra me ver não dá pra mim. Te priorizei tanto, exageradamente te amei, como amei. E você sempre cheio de dúvidas, mesmo estando ciente do tamanho do amor que eu sentia. A cada roupa que ponho na minha mala dói a minha alma, não vou levar tudo, tem que sobrar um espaço pras lembranças boas, mesmo que falsas. Irei te lembrar a cada cidade que eu percorra, pois lembrarei dos nossos planos de percorrer o mundo juntos. Os planos mudaram, eu mudei. Vou pôr a mochila nas costas, os pés na estrada, o meu cigarro entre a boca e caminhar até conhecer tudo o que existe nesse mundão afora, e claro, me conhecer também, acabei me perdendo dedicando o meu tempo só a você. Então chega né? Tá mais do que na hora de tentar ser feliz.
- Dru
quinta-feira, 10 de março de 2016
Eu sou completamente apaixonada por você, puta que pariu. Não sei o que te fez crer que eu não te queria mais, sério, tá escrito na minha testa, é só notar a mudança no meu comportamento quando você se aproxima. Quando você vem não consigo esconder a minha felicidade. Menti quando disse que estava com outro alguém, isso era pra te manter distante, pra fazer com que eu te esquecesse. Como se fosse possível né? Tenho que aprender que quando se trata de amor nada é como planejamos. Por isso estou aqui, porque te amo e estou disposta a tentar dessa vez, não vou deixar que o medo me impeça de amar. Dessa vez vou ficar e lutar com todas as minhas forças pra que pelo menos dessa vez as coisas dêem certo. Eu sinto falta de toda aquela adrenalina, de todo aquele tempo que eu perdia me arrumando pra te impressionar, as frases que eu ensaiava na frente do espelho pra te falar. Tudo isso no tempo parecia uma bobeira pra mim, hoje eu entendo que tudo nada mais era que amor. Que ele, quando chega te faz ser tudo o que você nunca pensou ser. Então tudo o que quero é sentir o calor do teu corpo de novo no meu, teus beijos, abraços. Agora só resta você me aceitar, mesmo que eu prefira te ter pra sempre, vai acalmar o meu coração um breve e rápido momento ao seu lado.
- Dru
- Dru
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Realmente me dói saber que você a cada dia fica mais distante de mim, que a cada dia você deixa de me amar. Me dói não poder te abraçar mais, só pegar na tua mão como se estivéssemos fechando um contrato. Me dói não sentir o teu toque queimar a minha pele. É como levar um tiro, ou vai ver um tiro deva doer menos. Me dá vontade de te cobrar mil coisas, de saber se você realmente quer que eu fique ou que eu me vá. Eu costumava ter certeza do amor e importância que eram sentidos por você, mas hoje só me restam dúvidas e uma vontade enorme de te reconquistar, de fazer você me amar novamente, mas como faço isso? Você não quer mais, você não me procura, não sente a minha falta. Então me encontro de pés e mãos atadas. Não quero mais isso de me doar por inteiro e você nem ao menos reconhecer o meu amor. Por tanto fico calada e guardo pra mim mesma esse sentimento até o dia em que você não tenha mais nenhuma posse sobre mim.
- Dru
- Dru
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Eu deveria ter fugido de você. Eu podia ter corrido o mais longe possível quando me alertaram que você não prestava, que você não era “flor que se cheire”, mas não. Eu preferi ficar e dar a minha cara a tapa. É bem típico de mim achar que sou mais esperto do que os outros, que consigo mudar as pessoas. E o fim disso é sempre o mesmo, acabo quebrando a cara e nunca aprendo absolutamente nada. Achei que poderia te ter junto a mim, mas não, você queria uma liberdade que eu não estava disposta a te dar. Você queria sair a todo momento, enquanto eu queria você aqui comigo. Queria tudo de todas, enquanto eu queria apenas você. Pra mim, ver um filme com você numa sexta-feira era o melhor programa do mundo, já pra você, sexta tem que ser farra com os amigos. Não que eu te prendesse, nada disso, nem tinha ciúmes. A questão é que você gosta de ser solto, sua mão não aceita outra te segurando, só aceita o teu copo e nada mais. É, otária fui eu. Achei que pudesse oferecer amor a quem nem ao menos tem coração. Quis a flor esquecendo dos espinhos.
- Dru
- Dru
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Eu não vou embora, não adianta soltar todos esses palavrões. Eu não vou sair daqui até que você pare com essa mania de dizer que não precisa de ninguém e que pode resolver tudo sozinho. Olha pra você, nós dois sabemos que isso é pura farsa, também sabemos que todo mundo precisa de alguém. Eu por exemplo, preciso de você e você precisa de alguém mais que tudo nesse momento. Então me deixa ficar, deixa que seja eu a sua válvula de escape, a sua âncora, a sua tão almejada paz. Você me fez o bem quando eu mais precisei então eu quero te fazer o mesmo. Não adianta se espernear, dizer que me odeia, eu não vou sair do seu lado. Eu estou aqui fazendo o impossível pra te provar que sou eu o grande amor da sua vida, mesmo que pra você não seja o suficiente. Não tem nenhum lugar que eu queira ir, sabe? O abraço mais caloroso e seguro do mundo eu encontro em você. Então acorda, cara. Vê que quem te ama tá aqui tua frente, e entende também que pra onde você vá eu vou te seguir. Não vou, repito, grito. Não só porque te amo muito, mas também vai que quando você resolve dar uma chance pro amor não seja eu quem esteja a sua vista? Nem pensar, não gosto nem de imaginar que você pode se perder com alguém que não seja eu. Daqui não arredo o pé. Mas por favor, querido amor, não custe a chegar.
- Dru
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Prometo que não vou ser mais egoísta no que se refere a nós dois. Se não sou eu o amor da sua vida pra que te manter aqui? Pode ir, se é ela quem você ama de verdade vai atrás, sério. Não precisa me olhar desse jeito, só fecha a porta quando sair. Dói né, não me pergunta isso, não torna as coisas mais difíceis. Vou chorar por algumas horas até que eu acabe pegando no sono, mas passa, você mesmo disse. Então vai logo, não espera, não adia a felicidade como eu sempre fiz, você merece. Um dia quem sabe acho alguém que me ame como vocês dois se amam. Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. Se tenho certeza disso? Claro, nunca estive tão certa, se te amo tenho que ver o que é melhor pra você, e já que não é do meu lado só tenho que torcer por você. Tá indo agora? Tudo bem, deixa minha metade que te dei ali na cômoda e apaga a luz, por favor.
- Dru
- Dru
É que eu mudei muito desde a última vez que nos vimos. Não sou mais aquela menina ingênua que sentia e esperava muito das pessoas, que esperava muito inclusive de você. Não tenho mais vontade de rir das suas "piadas" que não tinham a mínima graça e nem de sair por aí rindo pra qualquer pessoa. Tanta coisa acontece com a gente que vamos mudando com o tempo, uns aos poucos, outros podemos dizer de que da água pro vinho. Eu fui mudando aos poucos, percebendo que só os verdadeiros iam realmente ficar do meu lado, vendo que tudo que me fazia mal ia embora e eu tinha que parar de chorar e sim agradecer a Deus por me livrar de tudo o que me atrasava. Eu não fazia falta pra elas, foram porque quis, tinha que me acostumar, a vida é assim. Eu não sumi como você pensa, só estava tomando um tempo pra mim, excluindo pessoas que não me acrescentavam em nada. Se eu não te procurei não foi por falta de tempo, é porque você teve sua chance de somar e preferiu sumir, então resolvi apenas te subtrair da minha vida. As pessoas e suas manias de perceberem as coisas tarde demais.
- Dru
- Dru
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Eu não sou como as princesas da Disney. Meu príncipe não vai vim com um cavalo branco me acordar com um beijo. Eu não tenho que voltar pra casa quando o relógio bate as 00h, muito pelo contrário, porque é exatamente a esse horário que eu acendo o meu cigarro e vou pra noite atrás de um príncipe. E no final da noite vou acabar sem roupa, não só perdendo um sapatinho. E com certeza amanhã meu príncipe não vai sair por aí me procurando. Sabe porque? Porque eu só fui mais uma pra ele, e eu não me importo, até porque ele só foi mais um pra mim também. Nenhum príncipe vai me salvar da torre. Não tenho um Aladim, nem qualquer outro príncipe dos sonhos. Eu tenho a mim mesma, princesa sozinha que faz sua própria história sem precisar de homem nenhum. Homem aqui é apenas uma distração que uso pra história não ficar tão chata. No meu final feliz eu caso comigo mesma.
- Dru
- Dru
domingo, 14 de fevereiro de 2016
E se eu te dissesse que estou me apaixonando de novo por você. Você fugiria de mim outra vez? Fingiria que eu não existo e namoraria com a pessoa que mais odeio pra fazer com que eu tome nojo de você? Eu achei que fosse impossível o mesmo erro acontecer duas vezes. Eu sofri tanto, lembrar de como as coisas eram faz meu coração adoecer. Lembrar que me deixou ir, que não fez absolutamente nada pra que eu ficasse me deixa mais irritada. Mas sabe o que dói mais? Saber que esses e mais outros mil motivos não me fazem ir embora, que mesmo que eu tente sempre acabo em seu caminho. Puta que pariu. O que você tem, cara? Porque tem tanta posse sobre mim? Como eu queria me apaixonar por outro alguém, sair dessa relação onde só eu pareço sentir algo. Mas não dá, estou aqui de novo chorando por você, criando planos. Já sei como termina, não adianta eu pensar que dessa vez vai ser diferente e que se Deus nos juntou de novo é porque dessa vez vai dar certo. Não adianta, você é muito egoísta pra amar alguém que não seja você mesmo. Burra sou eu e os outros mil corações partidos por você. Elas pelo menos aprenderam né, eu estou aqui pra que meu coração seja partido pela segunda vez. Quem sabe agora eu aprenda.
- Dru
- Dru
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Te peço que fuja de mim o mais rápido que puder. Pra longe de onde os seus olhos nunca mais precisem me ver, pra tão longe que você não possa mais ouvir o timbre da minha voz, pra longe de tudo que te faça lembrar de mim. Eu não mereço todo esse amor, você é demais pra mim. Você não merece sofrer por mim e nem por ninguém. Não quero que seja eu o motivo das lágrimas rolarem por todo o seu rosto. Não precisa se humilhar pra querer migalhas da minha atenção. Não posso te dar nada em troca de tudo isso o que tem a me oferecer. Tantas pessoas nesse mundo afora e você vai logo se apaixonar por mim. Eu que não sei nem o que é amor, que só sei amar a mim mesmo. Não quero que meu ego te deixe fria o suficiente pra nunca mais querer amar outro alguém. Prefiro que dê todo esse amor a quem realmente mereça. Não quero que no final de tudo isso você me diga que sou um babaca, que me odeia e que você prefere nunca ter me conhecido. Então corre enquanto ainda pode. Vai ser feliz. Busque reciprocidade em outro lugar, aqui você não irá encontrar.
- Dru
- Dru
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Sei que isso que você diz sentir não é amor. Relaxa, pode continuar a olhar dentro dos meus olhos, gosto desses poucos momentos sinceros que temos um com outro. Não, não adianta dizer que me ama. Eu não acredito mais nisso e acho melhor você parar de tentar crer nisso também. Amor é uma coisa que não sabemos explicar, que aquela pessoa só te basta, não precisa de segundos ou terceiros. Amor é o que não temos. O que temos é gostar da companhia um do outro. Mas logo isso vai passar e aí, o que vamos fazer? Olhar um pro outro e começar a nos odiar? Eu não quero isso. Não vamos chorar, lá na frente saberemos que foi melhor assim. Só se ama uma vez, e eu não sou o seu amor. Se foi bom? Claro que foi, mas não foi dessa vez. Quando for pra ser será e nós dois não somos um pro outro, tá na hora de acordar e parar de fantasiar. A busca pelo amor continua, boa sorte tá? Desejo que você encontre uma pessoa maravilhosa, você merece.
- Dru
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Mas no final você sempre volta. Volta como se nada tivesse acontecido, diz que meu amor te deixa louco e que na minha cama quer se deitar. Volta com os seus olhos claros que brilham mais que o sol. Volta porque diz que adora o meu riso e o som da minha voz. E eu que amo demais e espero demais sou obrigada a apenas curtir o rápido momento que eu não faço idéia de quanto vai durar. Eu queria poder explicar aos meus amigos essa coisa louca que temos, mas eles não iriam entender, ninguém iria. Tudo bem que todo mundo já conheceu o amor, mas aqui é mais que isso, tem tesão, brigas, puxões de cabelo durante o nosso sexo. E eu queria sim ser mais, que você ficasse até o fim da noite, que não precisasse vim até mim pulando a janela do meu quarto. Eu queria nós dois de mão dadas enquanto caminhamos pela rua. Eu queria te apresentar aos meus pais e aos meus amigos. Eu quero tanto e você se contenta com tão pouco. Foi difícil entender tudo isso, no começo era muito estranho, mas isso é só o amor mais louco que já tive nessa vida. E se é isso o que tenho só me resta aproveitar.
- Dru
domingo, 7 de fevereiro de 2016
Acho incrível essa sua mania de sair por aí distribuindo amor como se estivesse entregando panfletos. Você chega a me impressionar, fico pensando como fui tão ingênua em cair no seu papo. Eu deveria ter percebido todas aquelas mensagens daquela tal de Laura, todas aquelas saídas constantes, tantas reuniões, viagens. Incrível como você tinha tempo pra tudo, menos pra mim. Incrível como você priorizava tudo, mas quem você dizia amar você deixava em último plano. Incrível mesmo, ao ponto de você receber aplausos por sua ótima atuação. Faço questão de te aplaudir de pé, porque é assim que vou estar, mesmo depois de tudo eu continuo em pé, porque eu sou o dobro da mulher que elas são juntas. E não importa se fui passada pra trás, sabemos que não sou eu quem vai acabar ficando sozinho. Seu teatro é bom, mas não engana por muito tempo.
- Dru
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Chega, cara. Eu não quero mais ouvir nada que venha de você, não adianta você me dizer que com o tempo tudo vai passar. Você não sabe de nada e não precisa agir como se você se importasse. Você nem liga pros meus sentimentos, nunca deu a mínima pra mim e nem pra o que eu sentia. Não sou uma boneca que você compra e quando enjoa quer o seu dinheiro de volta. Eu sou mulher, madura o suficiente pra entender que nessa porcaria de relação eu fui usada, que você me usou até não restar mais nada de mim. Não me importo em dizer pra ninguém o quanto fui uma idiota, isso não me envergonha, muito pelo contrário, isso deveria envergonhar você por ser um completo babaca. Não precisa inventar toda uma mentira pra fazer com que eu me sinta culpada, não tem ninguém a culpar, só você mesmo. Tudo poderia sim ter dado certo e como poderia, mas que bom que não deu. Sério, nunca gostei tanto de perder alguém. Aliás, pensando bem não fui eu quem perdi algo aqui, me livrei.
- Dru
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Hoje aconteceu o que eu tanto adiei, hoje eu me despedi do amor da minha vida. Foi difícil deixar aquele sorriso desaparecer, foi difícil resistir aquela barriga, foi difícil arrancar do meu coração e apaga-lo pra sempre, como foi difícil. Eu não conseguia ver a minha vida sem ele, eu não conseguia porque eu não queria sair dessa rotina de viver só pra ama-lo, de me embebedar do seu amor. Ele é tipo droga: quanto mais eu provo, mais eu quero. Tenho que admitir, eu sou louca por aquele cara e só uma carta com um longo adeus não vai ser o suficiente pra esquecer. Eu o amo, mas tenho que fugir o quanto antes. Porque da mesma forma que me enlouquece de tesão, me deixa louca de preocupação. Porque na mesma proporção que ele me faz o bem também me faz mal. Porque ele não sabe me colocar no topo sem o ego dele me empurrar escada abaixo. Porque ele tem uma mania horrível de transformar as borboletas no meu estômago em balas de revolver. Porque sofro e sofrer não é pra mim, nunca foi.
- Dru
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Eu gosto quando você vem sem eu chamar. Odeio quando preciso implorar a sua atenção. Gosto quando encosta as suas mãos calejadas nas minhas. Gosto quando me olha e tenta me desvendar, tenta entender o porque de todo esse turbilhão de problemas. Amo ser um mistério na sua mente. É melhor não saber o que se passa aqui dentro, você se perderia em meio a tantos problemas. Tudo o que precisa saber é que, amo essa paz que você me traz e que essas borboletas inquietas no meu estômago um dia vão acabar me enlouquecendo. Precisa saber também que no primeiro segundo em que me vejo longe de você eu já morro de saudades, eu tenho uma vontade insaciável de você, e eu não sei evitar, o pior é que nem quero. A única coisa que quero é que continue segurando a minha mão, que os seus pés quentes tentem ao menos esquentar os meus que são estranhamentes gelados, que as borboletas no teu estômago continuem apenas no meu jardim e que a sua sede seja matada apenas por mim.
- Dru
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Bateu saudades...
Hoje decidir escrever mais uma vez sobre nós dois. As palavras vão saindo pausadamente. É muito difícil falar sobre você. As lembranças me causam um efeito muito forte. Me dói lembrar de como tudo era tão bom e que hoje tudo é só saudade. Tinha sexo, brigas, reconciliações. Eu adorava toda essa mistura, não tinha coisa melhor do que ir pra cama com você logo após uma briga. Você tinha um dom de minimizar os meus problemas, tudo desaparecia quando eu estava ao seu lado. Quando eu estava com você não conhecia o que era limites, toda aquela adrenalina e perigo me deixavam excitada. Muitas vezes eu fazia as coisas erradas só pra te ver gritando comigo, como se fosse o meu dono, e o pior que você é mesmo. Esse teu jeito autoritário é tão sexy. Quando você terminou comigo me disse que estaria sempre ao meu lado, pra o que eu precisasse e hoje eu preciso de mais uma noite ao seu lado. A janela do meu quarto continua aberta como de costume. Não demore muito, eu não aguento mais esperar.
- Dru
- Dru
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Part. 3 - Pra sempre? Nem sempre
No começo da conversa os meus pais acharam que iriam ser avós. Ficaram até felizes, mas logo vi aquela expressão de felicidade mudar ao saber sobre o que se tratava. Não me botaram pra fora, nem nada do tipo, mas me excluiram das coisas de família. Nas refeições nem me olhavam, o clima estava realmente muito tenso.
Eu não tinha tempo pra está
pensando muito naquilo até porque eu só vivia na casa da Sam, não conseguia
mais ficar longe dela.
(Um mês depois)
Tudo estava indo tão bem, Meus pais já estavam começando a nos aceitar, nossas famílias até já se conheciam.
O Patrick pagou fiança e saiu da cadeia, mas com uma medida de proteção dada pelo juiz pra que ele ficasse longe de mim e da Sam.
Naquela semana a Sam estava se queixando de dores em seus pulmões, estava muito fraca ultimamente e não aguentava fazer às mesmas coisas de antes, com tudo ela cansava, até chegou a ir pro hospital. Resultado de muitos cigarros. Eu tinha conversado com ela naquela madrugada. Me pareceu que estava muito triste, porém continuava fumando e bebendo muito, Acabamos brigando por isso. Eu sabia onde aquilo iria levá-la. Deu meus parabéns quando o relógio bateu as meia noite e disse que iria dormir. Eu só não sabia que ela não iria acordar mais.
Quando acordei não tinha nenhuma mensagem dela, não puxei conversa, nem nada do tipo e nem ao menos ela conversava nos grupos como de costume. Não era só eu quem estava notando o sumiço dela, a Ana também e até me ligou.
- Parabens, amiga. Mas antes de mais nada estou ligando também pra saber da Sam, ela sumiu, não atende o telefone.
- Obrigado, Ana. Eu não sei, nós brigamos ontem e ela só me deu parabéns e foi dormir.
Mandei mensagem o dia todo e nada dela. Comecei a perceber que a historia estava se repetindo, pensei até que ela estivesse me traindo.
Já estava escurecendo, fiz uma festinha com poucas pessoas. Todo mundo já havia chegado, mas nada dela. Ninguém me importava ali, só a Samantha e comecei a sentir uma dor no meu coração, um sentimento de perda. Não estava entendendo mais nada.
Toca o telefone, a minha mãe atende, começa a chorar. Eu sem entender nada, mas meu coração já sabia do que se tratava.
A Sam morreu no dia 8 de fevereiro, ou seja, no dia do meu aniversário. Foi encontrada morta pelos pais no escritório da sua cara, morreu por uma parada respiratória. Ela sempre dizia que não queria morrer velha e que poderia morrer por qualquer coisa, menos por câncer. Lembro-me também que disse pra mim que se Deus quisesse leva-la naquele momento ela iria muito feliz, só por ser namorada da menina mais linda que seus olhos azuis já tinham visto na vida. Lembrar de tudo aquilo fez o meu coração doer, caiu a ficha sabe? Ela não vai está mais aqui pra me abraçar, pra me beijar, me aquecer quando eu estiver com frio. Tudo vai perder a graça.
Ao ver todas aquelas pessoas me olhando com cara de dó eu comecei a chorar e eu não parava, até que desmaiei. Eu não tinha mais o amor da minha vida. Eu não podia acreditar.
Quando acordei todo mundo já tinha ido embora. Meus pais vieram me abraçar, com isso voltei a chorar. Pedi pra o meu pai me levar até a casa dela.
Quando cheguei todos os meus convidados estavam lá, com os mesmos trajes, assim como eu. O corpo dela tinha acabado de chegar do necrotério, estavam colocando no caixão, quando comecei a gritar.
- Você não pode me deixar, não agora, não é só assim, Samantha, você vem, faz eu me apaixonar e vai embora? Você está sendo egoísta. Acorda, meu amor, por favor, não me deixa sozinha, não agora.
A mãe dela veio me segurar, me levantando, pois eu já estava ajoelhada ao lado do corpo.
Fui pra casa. Eu não tinha a menor condição de continuar ali. Tomei um banho, deitei na cama e comecei a olhar nossas fotos, aquilo tudo agora só seriam lembranças. Chorei até dormir.
Pela manhã os pais dela ligaram pra minha casa pra dizer a hora e o local do enterro.
Ela não queria que ficássemos tristes, mas foi impossível ver o corpo dela ser enterrado e ter que saber que eu nunca mais a veria. Ela foi enterrada como sempre quis, ao som da sua banda favorita, maquiada e com o seu vestido de debutante. Ela estava linda, e eu não poderia deixar de me despedir sem ao menos beija-la. Tamparam o caixão e levaram parte de mim. Eu não poderia deixar de falar do quão importante ela foi pra mim, aquela era hora de todos saberem o quanto eu a amava.
- Samantha, era a coisa mais linda que os meus olhos se permitiram ver. Não tinha como não se apaixonar por aquele jeito espontâneo, ninguém resiste. É tanto que nem eu, ela fez o que parecia loucura pra mim se tornar a melhor coisa de todas. Ela com toda a certeza do mundo foi a melhor coisa que já me aconteceu, ela fez eu me sentir viva. E me orgulho tanto por ter tido a oportunidade de ter sido a Samantha o grande amor da minha vida. Durou pouco, mas tenho muito do que lembrar. Tão linda por fora e mais linda ainda por dentro. Eu vou sentir muitas saudades, estará sempre na minha memória e no meu coração. Como também estará em seus corações.
Quando cheguei em casa fui pra parte de onde mais gostávamos de ficar juntas, no jardim. Deitei na grama e comecei a olhar o céu, que apesar de um dia triste estava muito lindo. Vi que uma estrela brilhava mais forte, ela era linda, radiante, assim como a Samantha que também está em um lugar onde jamais irá ser alcançada.
Eu vou sentir saudades daquele sorriso, de não ser o motivo do riso, daquele cabelo loiro, de tudo. Mas eu vou esperar até o dia que chegue a minha hora de ir me juntar a ela lá no céu. Iremos aproveitar tudo o que não aproveitamos aqui na terra. Espero que continue me vigiando e me dando forças pra encarar tudo, meu amor. Não importa onde esteja, será pra sempre, as palavras acabam aqui, nossa história não.
FIM
(Um mês depois)
Tudo estava indo tão bem, Meus pais já estavam começando a nos aceitar, nossas famílias até já se conheciam.
O Patrick pagou fiança e saiu da cadeia, mas com uma medida de proteção dada pelo juiz pra que ele ficasse longe de mim e da Sam.
Naquela semana a Sam estava se queixando de dores em seus pulmões, estava muito fraca ultimamente e não aguentava fazer às mesmas coisas de antes, com tudo ela cansava, até chegou a ir pro hospital. Resultado de muitos cigarros. Eu tinha conversado com ela naquela madrugada. Me pareceu que estava muito triste, porém continuava fumando e bebendo muito, Acabamos brigando por isso. Eu sabia onde aquilo iria levá-la. Deu meus parabéns quando o relógio bateu as meia noite e disse que iria dormir. Eu só não sabia que ela não iria acordar mais.
Quando acordei não tinha nenhuma mensagem dela, não puxei conversa, nem nada do tipo e nem ao menos ela conversava nos grupos como de costume. Não era só eu quem estava notando o sumiço dela, a Ana também e até me ligou.
- Parabens, amiga. Mas antes de mais nada estou ligando também pra saber da Sam, ela sumiu, não atende o telefone.
- Obrigado, Ana. Eu não sei, nós brigamos ontem e ela só me deu parabéns e foi dormir.
Mandei mensagem o dia todo e nada dela. Comecei a perceber que a historia estava se repetindo, pensei até que ela estivesse me traindo.
Já estava escurecendo, fiz uma festinha com poucas pessoas. Todo mundo já havia chegado, mas nada dela. Ninguém me importava ali, só a Samantha e comecei a sentir uma dor no meu coração, um sentimento de perda. Não estava entendendo mais nada.
Toca o telefone, a minha mãe atende, começa a chorar. Eu sem entender nada, mas meu coração já sabia do que se tratava.
A Sam morreu no dia 8 de fevereiro, ou seja, no dia do meu aniversário. Foi encontrada morta pelos pais no escritório da sua cara, morreu por uma parada respiratória. Ela sempre dizia que não queria morrer velha e que poderia morrer por qualquer coisa, menos por câncer. Lembro-me também que disse pra mim que se Deus quisesse leva-la naquele momento ela iria muito feliz, só por ser namorada da menina mais linda que seus olhos azuis já tinham visto na vida. Lembrar de tudo aquilo fez o meu coração doer, caiu a ficha sabe? Ela não vai está mais aqui pra me abraçar, pra me beijar, me aquecer quando eu estiver com frio. Tudo vai perder a graça.
Ao ver todas aquelas pessoas me olhando com cara de dó eu comecei a chorar e eu não parava, até que desmaiei. Eu não tinha mais o amor da minha vida. Eu não podia acreditar.
Quando acordei todo mundo já tinha ido embora. Meus pais vieram me abraçar, com isso voltei a chorar. Pedi pra o meu pai me levar até a casa dela.
Quando cheguei todos os meus convidados estavam lá, com os mesmos trajes, assim como eu. O corpo dela tinha acabado de chegar do necrotério, estavam colocando no caixão, quando comecei a gritar.
- Você não pode me deixar, não agora, não é só assim, Samantha, você vem, faz eu me apaixonar e vai embora? Você está sendo egoísta. Acorda, meu amor, por favor, não me deixa sozinha, não agora.
A mãe dela veio me segurar, me levantando, pois eu já estava ajoelhada ao lado do corpo.
Fui pra casa. Eu não tinha a menor condição de continuar ali. Tomei um banho, deitei na cama e comecei a olhar nossas fotos, aquilo tudo agora só seriam lembranças. Chorei até dormir.
Pela manhã os pais dela ligaram pra minha casa pra dizer a hora e o local do enterro.
Ela não queria que ficássemos tristes, mas foi impossível ver o corpo dela ser enterrado e ter que saber que eu nunca mais a veria. Ela foi enterrada como sempre quis, ao som da sua banda favorita, maquiada e com o seu vestido de debutante. Ela estava linda, e eu não poderia deixar de me despedir sem ao menos beija-la. Tamparam o caixão e levaram parte de mim. Eu não poderia deixar de falar do quão importante ela foi pra mim, aquela era hora de todos saberem o quanto eu a amava.
- Samantha, era a coisa mais linda que os meus olhos se permitiram ver. Não tinha como não se apaixonar por aquele jeito espontâneo, ninguém resiste. É tanto que nem eu, ela fez o que parecia loucura pra mim se tornar a melhor coisa de todas. Ela com toda a certeza do mundo foi a melhor coisa que já me aconteceu, ela fez eu me sentir viva. E me orgulho tanto por ter tido a oportunidade de ter sido a Samantha o grande amor da minha vida. Durou pouco, mas tenho muito do que lembrar. Tão linda por fora e mais linda ainda por dentro. Eu vou sentir muitas saudades, estará sempre na minha memória e no meu coração. Como também estará em seus corações.
Quando cheguei em casa fui pra parte de onde mais gostávamos de ficar juntas, no jardim. Deitei na grama e comecei a olhar o céu, que apesar de um dia triste estava muito lindo. Vi que uma estrela brilhava mais forte, ela era linda, radiante, assim como a Samantha que também está em um lugar onde jamais irá ser alcançada.
Eu vou sentir saudades daquele sorriso, de não ser o motivo do riso, daquele cabelo loiro, de tudo. Mas eu vou esperar até o dia que chegue a minha hora de ir me juntar a ela lá no céu. Iremos aproveitar tudo o que não aproveitamos aqui na terra. Espero que continue me vigiando e me dando forças pra encarar tudo, meu amor. Não importa onde esteja, será pra sempre, as palavras acabam aqui, nossa história não.
FIM
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